quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Câmara absolve Jaqueline Roriz em processo de cassação
Câmara absolve Jaqueline Roriz em processo de cassação
Por 166 votos favoráveis à cassação, 265 contra e 20 abstenções, a deputada Jaqueline Roriz foi absolvida, na noite desta terça-feira, pela Câmara dos Deputados.
Ela foi filmada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM do Distrito Federal. Na época, a deputada admitiu que o dinheiro seria para caixa dois de campanha.
A gravação, no entanto, é de 2006, antes de ela ser eleita deputada distrital. Sua defesa alegou que ela não poderia ser cassada por um fato cometido antes de seu mandato.
Em sua defesa no plenário, Jaqueline não mencionou, nenhuma vez, o vídeo. Também não negou ter recebido o dinheiro. Ela apenas culpou a mídia, "que destrói a honra de qualquer um". Criticou ainda o procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, que na semana passada apresentou um parecer pela abertura de uma ação penal contra a deputada.
"Alguns paladinos da ética, alguns parlamentares e integrantes do Ministério Público, por interesses políticos, tentam influenciar os senhores. O procurador me denunciou sem nem ouvir o meu lado", afirmou ela.
Carlos Sampaio (PSDB-SP), relator do Conselho de Ética, que defendia a perda de mandato da colega, alegou que o caso só foi conhecido após as eleições em que Jaqueline foi eleita. No plenário, outros cinco deputados fizeram discurso para a cassação e apenas um apoiou Jaqueline.
A votação, no entanto, foi secreta, o que, avaliam deputados, contribuiu para a absolvição de Jaqueline.
Pelo menos 257 dos 513 deputados precisariam votar contra Jaqueline para ela perder o mandato.
CONSELHO DE ÉTICA
O Conselho de Ética da Câmara havia recomendado a sua cassação, mas o pedido foi negado no plenário. Para cassar Jaqueline seriam necessários 257 votos entre os 513 deputados. A votação foi secreta.
A deputada chegou a recorrer ao Conselho na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) alegando que o vídeo de 2006 é anterior ao mandato. Após polêmica, no entanto, ela desistiu do recurso, o que levou a votação ao plenário.
CAMPANHA
Nos últimos dias, a deputada enviou a todos os gabinetes um "memorial de defesa" e fez corpo a corpo com os colegas, seguindo a mesma linha do seu discurso de defesa: de que o fato que resultou no processo é anterior ao mandato.
Seu pai, o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, também entrou em campo e conversou com deputados da base e da oposição.
Em 2007, Roriz renunciou ao cargo de senador após suspeitas de irregularidades.
Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)

OS CORRUPTOS ESTÃO MAIS ORGANIZADOS. Ela não devolveu o dinheiro ao erário público. Não foi apenada pelo crime de corrupção, e os colegas passaram a mão, e enquanto isso nada é votado para diminuir a carga tributária, reforma política e ainda querem ressuscitar a famigerada CPMF. Até quando, eu ainda confio na Gestão honesta. Não adianta reforma política, se não renovarem po políticos...
ResponderExcluirA necessidade de uma liderança capacitada intelectual, ético/moral e espiritualmente para servir na administração pública não é inferior. Política no Brasil lamentavelmente é motivo de escárnio, zombaria, chacota! Há motivo para tanto. Enquanto milhões de vidas, sem dinheiro algum, perecem famintas, maltrapilhas, ao relento, morando em casebres imundos, tratadas como andrajos humanos, farrapos de gente... muitos “líderes” deste país ganham salários astronômicos, degustam finas iguarias, moram em mansões luxuosas, são aplaudidas pelos poderosos...
ResponderExcluir