sábado, 15 de outubro de 2011

Presidente Dilma diz que marchas contra a corrupção são "corretas"


PORTO ALEGRE - A presidente Dilma Rousseff demonstrou apoio às marchas que se sucedem no país pedindo melhorias no sistema democrático brasileiro. Na tarde desta sexta-feira, em Porto Alegre, onde sancionou o Pacto Sul do Brasil sem Miséria e anunciou obras de mobilidade urbana para a Região Metropolitana da capital gaúcha, Dilma admitiu que as demandas das passeatas são "corretas".

- É absolutamente correto que eles tenham reivindicações. E também que nós tenhamos proposições que contemplam tudo o que as reivindicações pedem e, às vezes, só uma parte - observou a presidente durante a coletiva de imprensa realizada no Palácio Piratini, sede do governo do Estado.
Dilma avaliou ainda que os executivos têm obrigação de respeitar essas mobilizações.
- A atitude dos governantes com os movimentos sociais tem que ser de absoluta tolerância - e que os protestos são, ao mesmo tempo consequência e elemento fortalecedor do sistema democrático do Brasill.
- Este país é diferenciado: não vamos tratar manifestação como se fosse uma atitude indevida ou incorreta. Pelo contrário, integra a nossa democracia o direito de manifestação, de greve e de fala. Eu pelo menos, acho que este convívio é uma das coisas mais importantes da nossa democracia - concluiu a presidente.
Mais cedo, no final da manhã, ao falar para uma plateia no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, Dilma se solidarizou aos manifestantes norte-americanos que protagonizam o movimento Ocupe Wall Street.
- Nós concordamos com algumas das palavras que alguns movimentos têm feito ao longo dessa crise, alguma manifestação que a gente vê, por exemplo, nos Estados Unidos - revelou a presidente.
E citou textualmente duas frases que possivelmente leu em cartazes dos manifestantes que estão acampados na Praça Liberty, no centro de Manhattan, em Nova Iorque.
- Uma diz assim: 'não, nós não vamos pagar pela sua crise'. Nós podemos dizer isso: não vamos deixar que o Brasil pague por uma crise que não é dele - alertou a presidente.
- A segunda (frase), eu achei muito mobilizadora. É 'eu me importo com vocês' e acho que ela sintetiza que nós nos importamos com os 16 milhões de brasileiros que vivem na miséria - concluiu a presidente.
Ao deixar a Assembleia Legislativa e rumar para o Palácio PIratini, onde daria sequência à sua agenda oficial, Dilma cruzou com uma manifestação de bancários e servidores públicos que reclamavam das políticas salariais do governo do Estado e da União. As sedes dos poderes legislativo e executivo do Rio Grande do Sul estão localizadas lado a lado, em uma praça. E no curto trecho que ela percorreu de carro, de pouco mais de cinquenta metros, a presidente teve que escutar vaias dos sindicalistas e palavras de ordem como "Ô Dilma, que papelão! Não dá aumento e ainda governa pro patrão!"


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Um comentário:

  1. Tenho assistido os últimos discursos da Presidente na íntegra e são vazios. Volto a dizer que nem no PT ela tem 70% de aprovação, nem juntando a base aliada. Um Pais rico é um País sem corrupção!

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