quinta-feira, 28 de julho de 2011

Zona Franca de Manaus


A Zona Franca de Manaus (ZFM) é um centro financeiro (o principal da região norte do Brasil) implantado pelo governo brasileiro objetivando viabilizar uma base econômica na Amazônia Oriental, promover a melhor integração produtiva de maços e social dessa região ao estado, garantindo a soberania estadual sobre suas fronteiras. A mais bem-sucedida parte da zona franca é a Abrangência socivil. O modelo leva à região de sua abrangência (estados da Amazônia Ocidental: Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima e as cidades de Macapá e Santana, no Amapá) desenvolvimento econômico aliado à proteção ambiental, proporcionando melhor qualidade de vida às suas populações.
A ZFM foi criada em 1967 com o objetivo de estimular a industrialização da cidade e sua área adjacente, bem como ampliar seu mercado de trabalho. Trata-se de uma área de livre comércio, em que não são cobrados impostos de importação sobre os produtos comprados no exterior.
Além de contribuir para o desenvolvimento do comércio local, a isenção alfandegária favoreceu a formação de um expressivo distrito industrial junto à capital do Amazonas. A maioria de suas indústrias, contudo, é apenas montadora de produtos obtidos com tecnologia estrangeira.

O Polo Industrial de Manaus é uma área criada pela SUFRAMA com o intuito de implantar um polo fabril na cidade de Manaus.
O Polo abriga mais de 500 indústrias. Predominam as de produtos eletrônicos, com indústrias de alta tecnologia na área de televisão e informática. Há também o polo de duas rodas, com empresas montadoras e seus fornecedores de peças, sendo que muitos destes estão instalados na própria cidade. Atualmente, o Polo tem expectativa de crescimento devido ao PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), anunciado no começo de 2007; nele, o governo pretende desenvolver o plano da Televisão Digital no Polo industrial de Manaus.
No Polo, as indústrias recebem incentivos fiscais. Para se instalarem, elas não recebem incentivo algum. Após instaladas:
Ficam isentas de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
Ficam isentas de imposto sobre produtos importados (no polo, as empresas atuam como "montadoras", muitas vezes importando peças de mercado internacional)
Os impostos acima citados são incentivos oferecidos pelo Governo Federal.
Recebem desconto parcial no ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - que varia de 55 a 98%, dependendo do produto.
Tal desconto é ofertado pelo Governo do Estado do Amazonas
A Zona Franca de Manaus é voltada para o mercado interno. Há, sim, exportações mas em volume mais reduzido. É um polo para indústrias produzirem bens de consumo que supram as necessidades do Brasil.

Importância

A ZFM tem grande importância ambiental, uma vez que gera emprego para a população da região, diminuindo a degradação da Floresta Amazônica.
Na década de 60, o governo nacional decidiu implantar uma Zona Franca na região Norte do Brasil, até então um vazio demográfico, de modo a integrá-la ao restante do país.

Economia do Amazonas

O Estado do Amazonas tem uma das áreas de floresta amazônica menos devastadas (apenas 2%), pois sua vocação econômica foi desviada para, por exemplo, o Pólo Industrial de Manaus, a partir da criação da Zona Franca de Manaus em 1967. Os governos têm procurado incentivar o chamado desenvolvimento sustentável, voltando-se para a preservação do legado ecológico. A valorização do manejo da floresta como fonte de renda contribuiu para que o Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o desmatamento em 21% em 2003, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.
O IDH do Amazonas é 0,780 (2000) e sua economia corresponde a 1,6% do PIB nacional, baseando-se na indústria, eletro-eletrônica, de motocicletas, químico-farmacêutica, gráfica e relojoeira, indústria de transformação de minerais, de beneficiamento de matéria prima vegetal (inclusive madeira) e alimentícia, extrativismo vegetal, extração e processamento de petróleo e gás natural, agricultura, pesca, mineração, pecuária e ecoturismo.
Sua indústria concentra-se na cidade de Manaus, que detém o 4º maior PIB entre os municípios brasileiros, em conseqüência, principalmente, do crescimento do Pólo Industrial de Manaus e da movimentação de gás natural e petróleo. O faturamento anual dessa indústria é de 18,9 bilhões de dólares, com exportações superiores a 2,2 bilhões de dólares. São mais de 450 fábricas de grande, médio e pequeno porte, que fazem a maior quantidade da produção brasileira de televisores e monitores para PC, inclusive de LCD e plasma, cinescópios, telefones celulares, aparelhos de som, DVD players, relógios de pulso, aparelhos de ar condicionado, bicicletas e motocicletas, oferecendo mais de 120 mil empregos diretos somente em Manaus. Ao todo são mais de 500 mil empregos diretos e indiretos. (fonte: SUFRAMA).
Os principais produtos do extrativismo vegetal são: madeira, borracha, castanha-do-pará, cacau, essências, óleos de copaíba e andiroba, piaçava, coco, açaí, e bacuri. A extração mineral continua se expandindo e os produtos mais importantes são: bauxita, ferro, sal-gema, manganês, linhita, ouro e cassiterita, nos municípios de Presidente Figueiredo e Novo Aripuanã, diamantes, níquel, cobre, calcário, gipsita, chumbo, caulim e estanho. A extração de petróleo e gás ocorre no campo de Urucu, em Coari, com processamento e distribuição a partir da REMAN – Refinaria de Manaus.
Na agricultura os principais produtos são: juta, malva, guaraná, mandioca, banana, cana-de-açúcar, feijão, laranja, cacau, cupuaçu, milho e pimenta-do-reino, enquanto que a pecuária apresenta gado bovino, suíno e bubalino em pequena escala. O sul do Estado é a área mais utilizada para o desenvolvimento da agricultura e pecuária, nos municípios de Apuí, Humaitá, Novo Aripuanã e Manicoré, mas a pecuária também tem destaque nos municípios de Altazes e Careiro da Várzea.
O ecoturismo, com crescimento médio de 6% ao ano, é o segmento que mais se expande, conforme dados da FGV. No Estado operam hotéis de selva de nível internacional, que oferecem incursões e outras atividades na floresta amazônica, além de empresas de cruzeiros fluviais e de pesca esportiva.
Na atualidade, através do calendário de feiras nacionais e internacionais da Amazônia, sob a sigla - FIAM - na Suframa, atrai diferentes investidores, brasileiros e de outras nacionalidades, a investir nos diferentes pólos tecnológicos, existentes na região e, principalmente, no Pólo Industrial de Manaus (PIM), em franco desenvolvimento, e os estrangeiros podem conhecer grandes oportunidades de negócios que o potencial econômico da Amazônia proporciona e é capaz de oferecer, como sua infra-estrutura, mão-de-obra qualificada e várias outras vantagens competitivas.
As Feiras promovem o potencial econômico da região, inclusive produtos industrializados de ponta e regionais, feitos com base em matérias-primas locais, assim como atrativos turísticos, visando o desenvolvimento sustentável, estimulando o intercâmbio comercial, cultural, científico e tecnológico.
Na programação da FIAM na Suframa no Pólo Industrial de Manaus, com diferentes pólos industriais do estado do Amazonas, o maior estado em extensão territorial da Federação, onde estão a exposição de produtos regionais e industriais, projetos institucionais, seminários e palestras sobre diversos temas, especialmente os relacionados a inovação tecnológica, biodiversidade, turismo, formação de capital intelectual e outros, principalmente ligados ao desenvolvimento sustentável da região.

Um comentário:

  1. A Amazônia precisa continuar crescendo, o modelo Zona Franca trouxe grandes benefícios, crescimento econômico e retorno social.
    O faturamento das empresas do PIM se reflete não apenas no aumento da balança econômica amazonense, mas também na melhora da qualidade de vida e aperfeiçoamento profissional do manauense.
    Hoje 100% dos colaboradores concluíram o ensino médio e 27% cursam o nível superior de ensino.
    Segundo o Jornal do Commercio no ano passado de janeiro a junho o faturamento recorde do PIM foi de US$ 15,955 bilhões, volume crescente de exportações e mais de 100 mil empregos diretos em suas mais de 500 fábricas instaladas.

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